Mark Zuckerberg teme onda de violência após eleições nos Estados Unidos

 

Fundador do Facebook teme uma onda de violência após eleições nos Estados Unidos

Fundador do Facebook teme uma onda de violência após eleições nos Estados Unidos

O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, expressou na quinta-feira sua preocupação com a possibilidade de uma onda de violência nos Estados Unidos após as eleições de 3 de novembro.

“Eu estou preocupado que, com nossa nação tão dividida e os resultados das eleições potencialmente levando dias ou semanas para serem finalizados, exista o risco de distúrbios civis”, disse Zuckerberg durante uma conferência com analistas sobre os resultados trimestrais de sua empresa.

A pandemia de coronavírus provocou o crescimento exponencial do voto por correio, o que gera temores de que a apuração demore mais do que o habitual.

De acordo com o Projeto Eleitoral dos Estados Unidos, um centro de estudos da Universidade da Flórida, até quarta-feira mais de 81 milhões de eleitores já haviam votado. As autoridades acreditam que 150 milhões de pessoas votarão na eleição presidencial.

Nestas circunstâncias, empresas como o Facebook “precisam ir muito além do que já fizemos” para consolidar a confiança no processo eleitoral e evitar que as plataformas sejam utilizadas para proclamar a vitória com antecedência de algum candidato ou para convocar manifestações violentas nas ruas.

Zuckerberg recordou algumas salvaguardas implementadas por sua rede social, como a proibição de qualquer publicidade sobre temas sociais ou políticos nas suas plataformas nos Estados Unidos após o encerramento dos locais de votação, para reduzir os riscos de “confusão ou abuso” durante o tempo que for necessário.

“A próxima semana vai ser um teste para o Facebook, mas estou orgulhoso do trabalho que fizemos”, completou, com o desejo de demonstra que sua empresa aprendeu as lições de 2016, quando as eleições foram marcadas por grandes campanhas de desinformação, algumas delas orquestradas a partir da Rússia.

Esta semana a proibição de novos anúncios políticos durante os últimos sete dias de campanha gerou fortes controvérsias.

O Facebook foi acusado de permitir anúncios da campanha do presidente Donald Trump direcionados a estados chaves.

As declarações de Zuckerberg aconteceram de maneira simultânea ao anúncio do Walmart sobre a retirada temporária de armas e munições das prateleiras de seus supermercados.

A empresa tomou a decisão como forma de precaução após os protestos violentos na Filadélfia e num contexto de elevadas tensões políticas que, em várias ocasiões, resultados em atos de violência em diversas cidades nos últimos meses.

No centro de Washington, vários edifícios e lojas começaram na quarta-feira a proteger portas e vitrines com a previsão de eventuais manifestações após a eleição de 3 de novembro.

Fonte: AFP

 

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