O Presidente da República realçou hoje a dificuldade de planeamento no combate à pandemia de covid-19, com uma crise económica em simultâneo, mas disse compreender as críticas e assumiu "responsabilidade suprema" pelos erros cometidos.
Em entrevista à RTP, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse compreender "as críticas, as angústias e o estado de espírito dos portugueses, muitos", que "apontam erros, atrasos, contradições, ziguezagues" na resposta a esta pandemia.
No entanto, salientou que desde março "a pandemia nunca parou" e interrogou: "Quem é que pode planear quando os problemas estavam a surgir todos os dias? Planeava-se, mas no dia seguinte já estava ultrapassado. Eu era o primeiro a dizer: tem de se planear".
"Eu não estou a absolver erros nem a dizer que não houve erros. Eu sou o maior responsável por eles, porque o Presidente da República é o maior responsável por aquilo que corre mal em Portugal", acrescentou o chefe de Estado.
Confrontado com o facto de o Presidente não ter funções executivas, contrapôs: "Mas dá cobertura política. Portanto, eu sou o maior responsável por o que aconteceu".
"Eu estou a assumir a responsabilidade suprema por tudo isto", reforçou.
Em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que após a fase inicial da epidemia de covid-19 em Portugal, "entrou-se em crise económica e social, portanto, o Governo passou a ter não uma frente, mas duas" e desde então "as medidas passaram a ter de ser calibradas".
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